21.8 C
Goiânia
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

Objetos cortantes descartados incorretamente provocam cerca de 10 acidentes por mês com servidores da Comurg

Em seis meses, órgão registra 60 acidentes, ocasionados por cacos de vidros, agulhas, seringas, espetinhos de churrasco e latas armazenados de forma incorreta junto ao lixo orgânico. Companhia instrui sobre acondicionamento correto dos resíduos, e pede que população haja de forma consciente

Foto: Luciano Magalhães


A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) registra, mensalmente, cerca de 10 acidentes com servidores ocasionados por objetos cortantes e perfurantes, descartados de forma incorreta pela população. Cacos de vidros, agulhas, seringas, espetinhos de churrasco e latas mal acondicionados em sacos de lixo causaram mais de 60 acidentes com os colaboradores nos últimos seis meses.

Durante as atividades, os garis utilizam equipamentos de proteção individual (EPIs) como luvas, uniformes com camisa de manga comprida, calça, e calçados fechados tipo bota, itens que servem para preservar a integridade física do servidor. Entretanto, mesmo com todo aparato de proteção, os acidentes são recorrentes, devido à falta de conscientização dos moradores.

Levantamento realizado pela Comurg mostra que os objetos mais comuns que originam os acidentes são cacos de vidros e cerâmica, espetinho de churrasco, agulhas e pregos. A lista também engloba parafusos, pregos e arames.

Mensalmente, o departamento de Segurança e Medicina do trabalho da Comurg (Sesmt), registra de cinco a 15 acidentes ocasionados por esse tipo de material. Em 2021, foram mais de 120 registros. O presidente da Companhia, Alisson Borges, orienta a população a ter cuidado na hora de descartar materiais cortantes, pelos riscos que oferecem aos garis.

“Não se deve descartar o vidro quebrado, por exemplo, diretamente dentro do saco de lixo. É preciso embalar bem e, se possível, identificar o material descartado, para que o coletor fique alerta e tome os cuidados necessários”, observa.

Um dos casos aconteceu na última quarta-feira (29/06) com o coletor Reginaldo Sérgio Nunes, que iniciou rotina às 07h no Setor Madre Germana e, às 9h40, sofreu acidente ao apanhar sacola plástica com cacos de vidro soltos. Ele cortou o dedo indicador esquerdo, e precisou ser encaminhado a um hospital, onde levou pontos na ferida.

“Já perfurei a mão três vezes com agulhas. Já tive cortes na perna, e em outros locais. As pessoas precisam se conscientizar e embalar corretamente os vidros. Estamos trabalhando para garantir a limpeza e saúde pública na cidade”, afirma Reginaldo, que trabalha na Comurg desde 2009, e já foi vítima de cinco acidentes com objetos cortantes.

Fato semelhante ocorreu com o gari Paulo Roberto. Na última semana, ao realizar coleta orgânica no Setor Recanto do Bosque, o profissional se machucou com um caco de vidro. O incidente gerou corte profundo, alcançando o tendão do dedo médio da mão direita. Prontamente, o colaborador foi encaminhado a uma unidade de saúde, onde recebeu tratamentos necessários. Ele precisará ficar afastado das atividades por três meses.

Recomendações

A supervisora do Registro de Comunicação de Acidentes de Trabalho, Valéria Oliveira, destaca algumas dicas acessíveis à comunidade, fundamentais para a segurança dos trabalhadores. “São práticas simples que ajudam a evitar esses tipos de acidentes que, além de colocar a vida do nosso colaborador em risco, causam grande prejuízo para a Companhia, já que essa pessoa ficará afastada do serviço”, observa.

Confira as dicas:

  • Embrulhe os pedaços de vidro de copos, pratos, taças, louças, espelho, ampolas e outros perfurocortantes em jornais, papelões, caixas de sapato ou de leite e embalagens plásticas (pet).
  • Pregos, parafusos, lascas de madeira e/ou objetos pontiagudos como palitos de espetinhos no saco de lixo, seguem a mesma recomendação. Coloque em latas, embalagens plásticas (pet), ou embrulhe-os em grandes volumes de jornal.
  • Identifique o tipo de material naquela embalagem, para o gari manusear com cuidado.
  • Coloque o lixo em sacos resistentes e bem fechados.

Foto: Luciano Magalhães
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
Últimas Notícias
Notícias relacionadas
spot_imgspot_img