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Gustavo Gayer desmascara doutrinação em escola de Goiânia e esquerdistas reagem

“Embora a doutrinação, hoje, seja muito mais forte, muito mais evidente em colégios públicos, não pense você, nem por um segundo, que ela não esteja presente também em escolas particulares”, alertou Gayer em vídeo

Pré-candidato a deputado federal por Goiás, Gustavo Gayer (PL). Foto: Reprodução redes sociais.


O que era para ser apenas mais um ‘exercício escolar’ virou demissão no Colégio Visão, instituição privada de ensino da cidade de Goiânia, na última terça-feira (28). O desligamento de Osvaldo Machado do quadro de funcionários da escola ocorreu após a veiculação de uma “lista de recuperação” para alunos do 2º ano do Ensino Médio, elaborada por ele. Na atividade, o docente de sociologia acusa a polícia de promover a “barbárie” na sociedade. Veja imagem:


Foto: Reprodução Elisa Brom


O autor da charge, cartunista André Dahmer do jornal Folha de São Paulo, se manifestou sobre a situação, em seu perfil no Twitter, na última quarta-feira (29).

Reprodução Twitter André Dahmer.


O caso veio a público, inicialmente, através de um tuíte da advogada Elisa Brom que compartilhou uma foto da lista de questões. “Doutrinação pura para menores dentro da sala de aula em Goiânia”, escreveu, “de uma das escolas particulares mais caras da cidade”, concluiu. Na mesma publicação a jurista conta que um tio foi obrigado a ouvir: “mas a polícia mata mesmo”, ao ajudar a sobrinha com a atividade.

Reprodução Twitter Elisa Brom.



A segunda pessoa a dar voz ao desrespeito do professor para com a classe policial foi o empresário e pré-candidato a deputado federal por Goiás, Gustavo Gayer (PL). Em suas redes sociais, o comentarista político alertou a audiência dos perigos do doutrinamento em salas de aula. “Embora a doutrinação, hoje, seja muito mais forte, muito mais evidente em colégios públicos, não pense você, nem por um segundo, que ela não esteja presente também em escolas particulares”, conscientizou Gayer em vídeo no último domingo (26).

Nesta quinta-feira (30), o assunto ganhou ainda mais destaque com uma sequência de matérias veiculadas na imprensa. Um título do Jornal Opção acusou Gayer de estar “envolvido na demissão” do ‘professor’. O mesmo veículo também reduziu a falácia de Osvaldo Machado a “charge sobre violência policial” e se referiu ao comunicador como “blogueiro bolsonarista”.

Outros noticiários goianos como Diário da Manhã e O Popular ecoaram o tom do já referido portal. O assunto foi igualmente notícia no jornal Correio Brasiliense. Todos enfatizaram a perda do emprego por parte do professor sem considerar que a decisão é exclusiva da política interna e dos valores da própria escola que é uma instituição privada.

Por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (30), a assessoria do Colégio Visão informou que a escola proíbe manifestações ideológicas. “A escola possui um código de conduta que veda manifestações políticas, partidárias ou ideológicas em ambiente escolar. A direção do colégio mantém um canal de diálogo aberto com alunos e familiares, sempre pautando suas ações no código de conduta”, diz o documento.

Nas entrevistas propagadas com falas de Machado, o lecionador se defendeu e afirmou que “a questão na prova, com a utilização da tirinha, não era sobre polícia ou bandido, mas sobre o aspecto do estado”. A falas, no entanto, se contradizem com relatos de pais e alunos de Osvaldo que livremente buscaram por Gayer para narrar situações de tentativa de doutrinação vindas do professor de sociologia.

A estudante Beatriz Nunes foi aluna de Osvaldo Machado. “Esse exemplo é 1% do que os alunos presenciam”, contou ela. “Já ouvi muita coisa, muita militância”, comentou. O Papo Aberto selecionou imagens dos relatos publicados por Gustavo nesta quinta-feira, veja:


OPINIÃO – Afinal, doutrinação em sala de aula existe?


Imagem: Reprodução internet.

Antes de respondermos a esta questão é importante ressaltar que a doutrinação é uma prática ilícita. O professor que se aproveita de suas funções e da presença obrigatória dos alunos em sala de aula para promover suas próprias concepções e preferências ideológicas, políticas e partidárias viola o princípio constitucional da neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado; a liberdade de consciência e de crença do estudante; e o pluralismo de ideias.

Preferimos permitir que o leitor tire suas próprias conclusções e, para tal, lançamos mão de uma série fatos ocorridos no Brasil nos últimos anos envolvendo instituições de ensino, professores, pais e alunos. Os primeiros exemplos são as imagens abaixo publicadas pelos jornais Gazeta do Povo e Jornal da Cidade Online.

Trecho do livro Nova História Crítica, de Marley Furlei Schmidt, apresenta capitalismo cruel e socialismo sem defeitos. Foto: Reprodução.
Recorte de livro escolar brasileiro em claro doutrinamento marxista. Foto: Reprodução.
Recorte de livro de ensino brasileiro fazendo apologia a ditadores revolucionários cubanos em detrimento do governo americano. Foto: Reprodução.

A verdade sobre a doutrinação de esquerda em salas de aula ganha corpo também em artigos como o do portal Conteúdo Cristão e da revista Veja, através do colunina Leandro Narloch. Os fatos também se evidenciam por meio de um vídeo divulgado onde alunos de um colégio entoaram uma paródia musical em elogio a Karl Marx e afirmavam que o “capitalismo ‘tá’ acabando com a galera”.

Ademais, recentemente, durante cerimonia de colação de grau, graduandos da Universidade Federal de Sergipe, em Aracaju, dançaram o jungle do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e hastearm uma toalha com a imagem do petista na celebração.

Mais imagens:

Imagem: Reprodução revista Veja.
Estudante exibe cartaz contra Michel Temer em escola de Cabrobó (PE)| Foto: Reprodução.
Imagem completa da atividade aplicada a alunos de colégio particular de Goiânia onde estudantes foram expostos a doutrinação em sala de aula. Foto: Reprodução Elisa Brom.


Em sua defesa, o ex-professor do colégio goiano alegou ter sido “vítima da ideia de escola sem partido, de violência psicológica e econômica”. E o que isso significa?

O Escola Sem Partido (ESP) ao qual Osvaldo Machado se refere é um programa que combate à dotruinação em escolas e faculdades brasileras por meio da publicação dos deveres dos docentes em salas de aula. Que são:

  1. O professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.
  2. O professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas.
  3. O professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.
  4. Ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade -, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito.
  5. O professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.
  6. O professor não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula.


A pergunta que fica é: se a “doutrinação” não é um problema real – pelo menos não de acordo com a mídia – por qual a razão um professor, que alega não ter motivos para ser considerado como quem pratica tal ato, temeria ou seria “vítima” da ideia em questão?

O site do ESP se encarrega em apresentar depoimentos dos mais variados tipos de tentativas de doutrinação que se pode imaginar.

Um outro exemplo clássico do favoritismo esquerdista nos discursos de doutrinadores foi um panfleto pró-Haddad, distribuído a alunos da Escola Estadual Silvio Magalhães Barros, em Maringá, no ano de 2018. O cartaz pedia que estudantes comparassem os projetos dos à época candidatos à presidência da república, Jair Bolsonaro e do petista Fernando Haddad.

Segundo informações da Gazeta do Povo, o material foi distribuído pela professora e ex-vereadora do PT Vilma Garcia da Silva, então presidente do núcleo regional do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Paraná. “A educação escolar é um direito fundamental. Toda família tem o direito de lutar por uma educação de qualidade para seus(suas) filhos(as)”, diz um trecho da carta.

Um discurso até comovente sobre como é “na busca de formas apropriadas de ensinar, através de estímulos e apoio, que o(a) professor(a) desperta o(a) aluno(a) para o conhecimento e para valores que o(a) tornam um(a) cidadão(ã)”. Na sequência, fica clara a preferência do folheto sindical pelo petista. A inclinação a Haddad também pode ser percebida pela identidade visual do panfleto que segue as cores do Partido dos ‘Trabalhadores’ e na escolha das fotos dos candidatos.

Imagem: Reprodução Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Paraná.


De volta a Goiânia


E, por falar em sindicato, uma dessas associações (como não poderia deixar de ser) emitiu uma nota em repúdio ao empresário e comunicador – que também é professor – Gustavo Gayer. No texto do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro-GO), a entidade arrogou para si a autoridade de afirmar que “toda a categoria dos professores é atacada” com as falas de Gustavo. Leia o comunicado na íntegra:

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (SINPRO – GOIÁS) teve acesso a um vídeo publicado nas redes sociais do youtuber Gustavo Gayer, em que há a exposição em condição vexatória de um professor de sociologia do Colégio Visão, além de ataques à honra e à imagem de toda a categoria dos professores, acusados de militância para “doutrinação do comunismo” em sala de aula.

Após a divulgação do vídeo, com evidente distorção da finalidade da questão cobrada na prova de sociologia, o professor foi demitido pelo Colégio e ofendido nas redes sociais do youtuber, o que causa preocupação e repulsa em toda a categoria dos professores, já que a liberdade de ensinar, de aprender e do pluralismo de ideias, princípios constitucionais estabelecidos nos artigos 205, 206 e 214 da CF/88, podem ser tolhidos em clara condição de perseguição política e social, o que afronta a decisão do Supremo Tribunal Federal na ADI 5537, publicada em 17/09/2020.

É inaceitável qualquer interferência no conteúdo ministrado em sala de aula com a finalidade de ceifar o direito de propagação do conhecimento e do livre pensamento e, mais ainda, é intolerável a exposição indevida do professor, pois a sua imagem, honra, liberdade de expressão e de ensinar são direitos humanos fundamentais e irrenunciáveis.

Toda a categoria dos professores é atacada com esta postagem, em especial quando culminada na demissão injusta do professor, pois podem gerar a perseguição de professores que não compartilhem com os ideais políticos de alguns pais ou da própria direção da escola.

A sociologia é, de forma bem simplória, o estudo das relações sociais e o estudo sobre o desenvolvimento da sociedade, com apoio na antropologia, psicologia, ciências econômicas e ciências políticas. Sua principal função é permitir aos estudantes confrontar dados e informações com bases científicas e consolidadas. A sociologia não é direcionada a agradar uma parcela da população.

A sociologia busca, inclusive, explicar fenômenos políticos baseados em fake news, como comumente tem feito o youtuber responsável pela ofensa à honra e imagem dos professores. O referido youtuber já foi denunciado por divulgação de informações falsas, inclusive com o bloqueio de sua conta no Twitter, e não teve pudor em agir e expor um trabalhador que apenas executava suas funções de forma digna e profissional.

O SINPRO-GO repudia as declarações do youtuber Gustavo Gayer e a decisão do Colégio em demitir o professor, pois fica caracterizado o ato de perseguição político-social e informa que tomará as medidas cabíveis para defender toda a categoria e o professor ofendido, caso seja do seu interesse.

Não podemos compactuar com discursos retrógrados e ofensivos que causam prejuízo a toda sociedade e em especial aos professores, que podem ser vítimas de violência física ou moral praticada por terceiros que são encorajados pela divulgação e propagação de informações falsas e injuriosas, que insistem em distorcer o conceito de ensino para perseguir aqueles que pensam diferente ou que apenas aplicam em sala de aula o conteúdo necessário para estudo da disciplina.

Diretoria do Sinpro Goiás


Corpo direitivo do Sinpro Goiás


Cinco dos sete dirigentes do Sinpro Goiás estão vinculados a organizações de esquerda. Nenhum problema com a manifestação política individual de cada cidadão, obviamente. Nos encarregamos de apresentar a maior parcela do corpo diretivo do Sindicado de modo que o leitor possa refletir se há ou não um possível aparelhamento da esquerda em boa parte dessas organizações.

No site do Sinpro, somos apresentados aos 7 membros principais que são: o presidente Railton Nascimento Souza, a vice-presidente Fernanda de Paula Ferreira Moi, secretário de finanças Alan Francisco de Carvalho, o secretário de Formação Mardônio Pereira da Silva, a secretária geral Sara de Castro Cândido, o secretário de gênero e etnia Domingos Barbosa dos Santos e a secretária de comunicação Nara Rúbia da Silva. Destes destacamos os 5 seguintes:

Presidente Railton Nascimento – professor e pré-candidato a deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).


Vice-presidente Fernanda Moi – Advogada, historiadora e amiga dos ‘trabalhadores’, que recebe petistas na sede do sindicado.


Secretário de finanças Alan Francisco de Carvalho – Coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e escritor. Publica no blog “Vermelho – A esquerda bem informada”, ligado ao “Coletivo Marxismo 21”.


Secretário de formação Mardônio Pereira da Silva – professor e candidato a senador por Goiás pelo PCdoB, em 2018.

Reprodução Toda a Política


Secretário de gênero e etnia Domingos Barbosa dos Santos (Dumas) – Professor e candidato a vereador, em Goiânia, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), no ano de 2020.

Reprodução Instagram Professor Dumas


Contra a doutrinação


Há, é claro, pessoas que como o youtuber Gustavo Gayer, se posicionam contrárias ao método esquerdista de manipulação de informações, doutrinação e aparelhamento de institições, meios de comunicação e movimentos. Pessoas que nadam contra a maré. Os dois professores, a capixaba Deivilane da Costa Carvalho e o goiano tenente-coronel Clécio Teles são exemplos disso.

Deivilane da Costa Carvalho lecionava na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Álvaro Armeloni no município de Cariacica, Espírito Santo, mas foi demitida por se posicionar contra a política da ideologia de gênero, mantida no ambiente escolar pela direção da unidade. Veja imagem:

Cartazcom bandeiras atribuídas a militância LGTB fixado na escola. Imagem: Reprodução Opinião ES.


A professora soube da demissão quando foi chamada na Secretaria Municipal de Educação, sendo informada do seu desligamento. A causa justificada seria insubordinação diante da direção da escola. A mulher desmentiu as acusações.

“Jamais desrespeitei o corpo acadêmico e a direção. A minha posição contrária a uma política de doutrinação no ambiente escolar que envolve ideologia de gênero é o real motivo acobertado por aqueles que pediram minha demissão. A diretoria me viu como uma ameaça ao que eles estão implantando no colégio”, relatou ela. “Fui perseguida e punida com a demissão, por apenas me posicionar contra a usurpação dos direitos dos pais de educar. A escola estava adentrando em um campo que foge da sua função. Aluno vem para escola para aprender as disciplinas e não ser ideologizado”, disse a educadora.

Mesmo com a comoção de pais e alunos em prol da permanência de Deivilane na instituição, ela foi fastada do cargo. Até o fechamento desta edição, a redação do Papo Aberto não encontrou manifestações de sindicatos da categoria preocupados com o bem-estar da professora.

Outro docente que lutou contra investidas da mída militante foi tenente-coronel Clécio Teles do Colégio Estadual da Polícia Militar (CEPM) Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, Goiás. Em março deste ano, o então diretor da unidade de ensino foi afastado do cargo após um vídeo de alunos do 3º do Ensino Médio apareceram auxiliando na reforma da escola.

Os estudantes se apresentaram como voluntários para carregar cerca de 6 mi telhas e o vídeo da ação acarretou na demissão do policial. Com o ocorrido, alunos do CEPM Colina Azul manifestaram às portas da sede do governo de Goiás pedindo pelo retorno do professor, porém, sem sucesso.

Gustavo Gayer chegou a publicar um vídeo em defesa do tenente-coronel, mas a decisão pelo afastamento foi mantida e o ex-diretor foi enviado para a reserva. A atitude de Gayer foi reconhecida pelos estudantes do colégio. Eles responderam ao fato com uma canção de agradecimento em homenagem ao empresário.


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